Dia da Mulher com batom vermelho e calça jeans, dois atos que colaboraram para a revolução das mulheres ao longo da história.
Neste Dia da Mulher, a Consciência quer agradecer e enaltecer cada mulher que, com garra e força de vontade, movimenta as coisas ao seu redor. Movimentos que mudam cenários, causam revoluções e são libertadores, afinal, não há bem mais precioso do que a liberdade da mulher. E caso você não saiba, nem sempre foi assim. Até o dia em que as mulheres decidiram usar batom vermelho e começaram a usar calças (não necessariamente nessa ordem).
De batom vermelho!
Em 1912, milhares de apoiadoras do movimento das sufragistas marcharam pela frente do salão da Elizabeth Arden, em Nova lorque. A fundadora da marca de cosméticos, que tinha aberto seu salão dois anos antes, era uma aliada na luta pelos direitos das mulheres e ela se alinhou à causa entregando batons vermelhos às mulheres que passavam em marcha pela frente do salão.
As líderes do movimento, Elizabeth Cady Stanton e Charlotte Perkins Gilman, amavam o batom vermelho por sua habilidade de chocar homens e o poder que o vermelho tinha de colorir o movimento, virando a cor da rebelião e liberação. Há mais de um século, o que pode parecer apenas um cosmético, é símbolo de auto expressão e coragem.
Mulheres que usam calças
Hoje, ler uma frase dessa pode não representar tanta força, mas anos atrás, algumas atitudes eram sinônimo de revolução. Seja na cor vermelha do batom ou no simples ato de vestir uma calça jeans, que até hoje representa um ato político. Já que, séculos atrás e diferentemente do Oriente, usar essa clássica peça de roupa nos países do Ocidente era proibido para mulheres.
A influência do Oriente
Segundo o site “Hypeness“, Lady Mary era uma escritora e feminista inglesa que, ao fazer suas viagens para o Oriente, ficou impressionada com a quantidade de mulheres que usavam calças nas ruas. Esse choque se deu porque, na Europa, o ato ainda era proibido. Mas a surpresa de Lady Mary foi tão grande, que fez com que ela levasse diversas calças na bagagem, servindo como gatilho para um ato revolucionário frente a elite de moda britânica. Aos poucos, quanto mais mulheres viajavam para terras distantes, mais exemplos revolucionários elas traziam para o Ocidente e só assim para que essa proibição fosse caindo por terra.
Mas e o jeans?
Depois da conquista das calças e muitos anos depois foi a vez do jeans conquistar o coração das mulheres. Por trabalharem nas minas, era preciso um tecido resistente e o jeans era perfeito para isso. No entanto, a popularidade dessa peça foi tão grande que não demorou para que grandes marcas como Lee e Levi’s começassem a comercializar essas calças. Num piscar de olhos, Marilyn Monroe era o novo símbolo feminino (dessa vez, usando jeans em todos os momentos).
Foi a partir desse momento que o jeans tornou-se um símbolo de resistência. Um instrumento que, por anos, significou a liberdade e o empoderamento das mulheres. Seja na modelagem skinny, flare, reta, wild leg ou qualquer outra, o que antes era apenas uma peça de roupa masculina, transformou-se em um símbolo de luta social, essa que vivemos até os dias de hoje.
Portanto, parabéns mulheres! Parabéns por todos os dias que é preciso provar o seu valor. Que é preciso levantar da cama e ir pra luta. Luta diária. Que começa antes mesmo do trabalho, no trajeto, nas ruas, ao redor da mesa de reunião e até mesmo em casa, quando se inicia a segunda jornada. Mulheres são sinônimo de orgulho, de força, afeto e dedicação.
Feliz Dia da Mulher!
Essa é uma homenagem da Consciência e um presente para o futuro.